O teste de prenhez via leite, é uma ferramenta eficiente que permite diagnosticar a prenhez da vaca a partir de 28 dias após a inseminação artificial (IA), monta natural ou transferência de embriões.
Como funciona o teste?
O diagnóstico é feito exclusivamente por meio da análise do leite, utilizando a tecnologia ELISA, que detecta glicoproteínas associadas à gestação (PAGs). Essas proteínas são produzidas pela placenta durante a gravidez e são marcadores específicos desse período, ao contrário de hormônios como a progesterona, que podem ter outras causas de variação.
Com mais de 98% de precisão, o método é comparável aos exames tradicionais como a palpação retal e o ultrassom. Pode ser realizado a partir de 28 dias após a cobertura e 60 dias pós-parto, sendo um recurso rápido, seguro e não invasivo.
Vantagens do teste de prenhez via leite
- Não é necessário contenção dos animais, pois a coleta é feita durante a ordenha.
- Evita o estresse animal, já que o manejo é mínimo.
- Alta confiabilidade nos resultados.
- Rapidez na emissão dos resultados: 1 dia útil após a entrada da amostra no laboratório.
- Pode ser um aliado na gestão reprodutiva, permitindo foco nas vacas não prenhes.
Coleta das amostras
A amostra de leite pode ser coletada a qualquer momento — não precisa coincidir com o controle leiteiro. No entanto, para garantir maior agilidade no resultado, recomenda-se o envio de uma amostra específica apenas para o teste de prenhez.
Instruções para coleta:
- Retirar a amostra diretamente dos tetos, após o descarte dos três primeiros jatos de leite.
- Manter cuidados rigorosos de higiene na coleta.
- Utilizar frascos de tampa vermelha, os mesmos utilizados para CCS e composição.
- Evitar contaminação cruzada entre vacas, especialmente se for feita a coleta por medidores ou copos coletores — atenção ao leite residual nas mangueiras.
Interpretação dos resultados
O teste pode apresentar três possíveis resultados:
- Prenhe
- Vazia
- Reteste: nesse caso, recomenda-se repetir a análise no mês seguinte.
Importante: vacas que abortaram recentemente (até 10 dias) ainda podem apresentar níveis elevados de PAGs, o que pode gerar um falso positivo. Para maior segurança, é recomendado realizar duas análises consecutivas para confirmação do resultado.
As amostras podem ser congeladas, mas se também forem destinadas à análise de CCS e composição, não devem ser congeladas.
Como solicitar?
O criador pode solicitar o teste:
- Ao controlador de leite da propriedade;
- Diretamente com a equipe da APCBRH pelo WhatsApp 41 98815-5248.
Por Giovana Brigolla, zootecnista e técnica de campo da APCBRH.